sábado, 23 de julho de 2011

O que eu aprendi com os amigos que me antecederam (Introdução)

Nesta época em que vivemos prevalece uma teologia muito relacional. O que vale é a experiência pessoal. Infelizmente muitos enaltecem essa abordagem da Bíblia a despeito de Uma Verdade Absoluta (que não é, biblicamente falando, apenas um conceito, mas sim uma pessoa, o Senhor Jesus Cristo). Creio que a Palavra fala, a cada um, em sua necessidade, por meio da ação do Espírito Santo. Creio que é desse modo que cada pessoa vai sendo transformada e santificada pelo poder de Deus.

Creio, acima de tudo, que a relação com a Palavra cria uma convergência. Todos aqueles que são transformados pelo poder regenerador de Deus, através de uma fé salvífica na graça exclusiva por meio da expiação que Cristo fez, vão se aproximar de um centro. Um ponto único. Apesar das personalidades distintas, apesar de dons únicos, os crentes fiéis vão sendo moldados à imagem e semelhança de Cristo. Esse é o objetivo de Deus na regeneração por meio do novo nascimento e da nova vida em Cristo Jesus.

Creio no sensus plenior. Creio que além, muito além do que a Palavra diz para mim num dado momento há o que Deus quer dizer como verdade mais profunda, mais geral e ampla, mais universal. Glória ao nome dEle quando o que eu entendo e tomo para mim, da leitura da Palavra é aquilo que Ele realmente quer que todo crente entenda, aceite e pratique em sua vida. Creio nisso porque sei que posso ler a Bíblia de várias formas que não são legítimas. Posso ler a Palavra de Deus com má vontade, por obrigação, contrariado, apressado, com preconceitos e pressupostos errôneos e até mesmo mal intencionado (contra Deus e contra meu próximo). Ler a Palavra em espírito de quebrantamento e submissão é o desejável. É aí que o oleiro pode moldar o barro, é aí que a transformação e a renovação da mente ocorrem.

Aprendi a ler a Bíblia, com um amigo, de uma forma bem interessante. Cada Pessoa que é ali apresentada torna-se um conhecido, e, com o passar do tempo, um amigo. Amigos dizem coisas uns aos outros. Boas coisas, como elogios. Mas fazem críticas também. Ao conhecer a vida das pessoas passamos a gostar mais delas, ou menos. Observamos como elas pensam e porque agem como agem. Aprendemos delas pelos bons exemplos e pelos maus também. O ideal é que os maus exemplos nos ensinem a como não agir ou como não pensar em determinadas situações.

Com essa série de postagens desejo compartilhar o que aprendi de cada personagem à medida que leio a Bíblia. Não digo que o que apresentarei é o sentido pleno do que Deus quer dizer, pela revelação, com a vida daquela pessoa. Me esforçarei para tentar por em palavras simples o que penso ser o que a Palavra revela. Se eu estiver equivocado mande-me uma mensagem. Provavelmente deverá ser uma área onde estou me atendo mais à minha interpretação e aplicação pessoal do que ao que Deus quer dizer. Ou pode ser que eu esteja certo e você discorde porque precisa rever o que Deus quer dizer. Pode ser ainda que ambos necessitemos crescer. Cultivemos um espírito irênico (pacífico) e vamos crescer juntos. Não discordo da necessidade da apologética. Creio que há um espaço enorme a ser percorrido pela cristandade com relação a compartilhar e viver o crescimento diário na Palavra e na fé em nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Soli Deo Glória!

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